Deu no New York Times... Não, isso é a música do Jorge Ben.
Mas deu n’O Globo:
“O presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), está com a despensa de sua residência
oficial vazia há cerca de uma semana devido à suspensão de licitação de R$ 98
mil para a compra de alimentos, segundo informou sua assessoria de imprensa
nesta quinta-feira (17). Com a interrupção - há aproximadamente um mês - do
pregão, que previa também fornecimento de materiais de cozinha, copa e
equipamentos de limpeza, Renan tem feito as refeições fora de casa nos últimos
dias, de acordo com seus assessores.”
Depois o senador desmentiu o “miserê” na cozinha. Perguntado sobre o fato, apenas sorriu.
O “rancho” do senador é de fazer inveja: filé mignon e
camarão a rodo.
No mesmo jornal saiu, há algum tempo, que o “Senado comprou dois guardanapos no valor de R$ 420 cada, mais um
freezer de quase R$ 78 mil para equipar restaurante da Casa – um freezer custa
cerca de R$ 1,5 mil. No mesmo dia, a assessoria do Senado confirmou a compra de
24 guardanapos de linho e 3 toalhas de mesa pelo valor total de R$ 2.085 sem
processo licitatório.”
Não acho que senador deva ir para a cozinha preparar guisadinho
com vagem (embora em se tratando desse senador ele devesse passar a vida comendo
mocotó de ontem, limpando a boca na manga da camisa e lavando toda a louça - sem detergente), mas gastar R$ 4.000,00 com filé mignon
é, no mínimo, um acinte, um desaforo. Num país onde muito pouca gente ganha mais
do que isso por mês, usar o dinheiro dessa gente para fazer banquetes diários é
um deboche. E usando os guardanapos mais caros do mundo.
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