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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

DE FUTEBOL II

Há alguns anos, alguns burocratas do futebol (os burocratas existem em toda parte, até na música) resolveram que o que prejudicava o futebol era a cerveja. A cerveja vendida dentro dos estádios, não fora, não as que patrocinam copas e transmissões de TV.

Por causa da cerveja vendida nos estádios, as pessoas brigavam e falavam palavrões perto de meninas de 16 anos, que, como se sabe, não conhecem palavrões, sequer o significado de cada uma daquelas palavras de baixo calão.

A cada final de semana – ou em qualquer dia depois de uma partida de futebol – é possível encontrar notícias sobre brigas, espancamentos, assaltos e arrastões. Dificilmente um jogo acaba sem “briga de torcidas”.

Ora, se o problema era a cerveja, por que não acabaram as brigas? Quem é um bebedor moderado como eu (e nunca briguei por isso, bravateei um monte, fui jurado várias vezes de um monte de coisa, mas nunca briguei) sabe que quem gosta de brigar não precisa de cerveja para brigar.


Se a premissa “quem bebe briga” fosse verdadeira, as reuniões entre repórteres, colunistas, editorias, diretoria e acionistas do grupo TOA terminariam sempre em espetaculares pancadarias.

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