Contrariando pesquisas, tendências e o guia politicamente
correto de comunicação, não acho bom envelhecer. Mas, pior do que isso é o
saudosismo. Apesar de que, às vezes, acho que ele se justifica. Um dos casos é
justamente a linguagem. Saudade, por exemplo, de quando as receitas terminavam
simplesmente com um “leve-se à mesa”.
Com a profissionalização e glamourização dos “chefs”, com
uma infinidade de programas de culinária, o palavreado está mudando. Inclusive,
creio que não se falará mais em culinária, só em gastronomia.
No momento, vou deixar de lado a “harmonização”, a mandioquinha (presente na maioria das cozinhas descoladas) e a babação de ovo com os “chefs” que “largaram uma profissão em que eram bem sucedidos para se dedicar ao que verdadeiramente amam: a cozinha”.
No momento, vou deixar de lado a “harmonização”, a mandioquinha (presente na maioria das cozinhas descoladas) e a babação de ovo com os “chefs” que “largaram uma profissão em que eram bem sucedidos para se dedicar ao que verdadeiramente amam: a cozinha”.
O que anda me tirando do sério é que todos os pratos agora
são “finalizados”. “Finalize com manjericão”. “Finalize polvilhando com
farofinha do Azerbaijão”.
Não troco meia dúzia de cozinheiros “mudernos” por uma
Palmirinha.
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