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terça-feira, 12 de novembro de 2013

BUDISMO MODERNO

Budismo moderno
 
 Tome, Dr., esta tesoura, e... corte
 Minha singularíssima pessoa.
 Que importa a mim que a bicharia roa
 Todo o meu coração, depois da morte?!
 
 Ah! Um urubu pousou na minha sorte!
 Também, das diatomáceas da lagoa
 A criptógama cápsula se esbroa
 Ao contato de bronca destra forte!
 
 Dissolva-se, portanto, minha vida
 Igualmente a uma célula caída
 Na aberração de um óvulo infecundo;
 
 Mas o agregado abstrato das saudades
 Fique batendo nas perpétuas grades
 Do último verso que eu fizer no mundo!
 
 
 
Pequena homenagem do TOA a Augusto dos Anjos, filho do carbono e do amoníaco, cuja morte completa hoje (12/11/2013) 99 anos.
 
 

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