Budismo moderno
Tome, Dr., esta tesoura, e... corte
Minha singularíssima
pessoa.
Que importa a mim que
a bicharia roa
Todo o meu coração,
depois da morte?!
Ah! Um urubu pousou
na minha sorte!
Também, das
diatomáceas da lagoa
A criptógama cápsula
se esbroa
Ao contato de bronca
destra forte!
Dissolva-se,
portanto, minha vida
Igualmente a uma
célula caída
Na aberração de um
óvulo infecundo;
Mas o agregado
abstrato das saudades
Fique batendo nas
perpétuas grades
Do último verso que eu
fizer no mundo!
Pequena homenagem do TOA a Augusto dos Anjos, filho do carbono e do amoníaco, cuja morte completa hoje (12/11/2013) 99 anos.
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