Eu tento, mas é difícil. Tentei organizar o sentimento de
desconforto com o incêndio do mercado público. Quem sabe até escrever algo edificante
sobre o triste ocorrido.
Durante o evento, reportei informações a parentes distantes, também preocupados e tocados com o incêndio.
Durante o evento, reportei informações a parentes distantes, também preocupados e tocados com o incêndio.
Mas aí vem o dia seguinte e as repercussões. Fica difícil
mensurar quem ama mais o mercado. Parece que foram todos feridos de morte. Os mais
sensatos que vejo nessa turbulência toda são os permissionários, que querem
voltar ao trabalho sem se importar com sentimentos ou caça às bruxas.
É claro que, como todo fato, esse também se torna um fato político.
Quem é contra o prefeito só falta dizer que ele riscou o fósforo; quem é favor, diz que tudo estava perfeito e deve ter sido influência do exu que mora lá a
culpa pelo sinistro. Mas, até aí, é do jogo.
O que perturba é o festival de melodramas. O mercado público
virou o quintal da casa de todo mundo. Cada um passou mais tempo dentro do
mercado do que o outro. Acho até que na semana passada passou mais gente por lá
do que na estreia do Tangos & Tragédias no Espaço IAB, local em que todo
muilealevalerosense esteve. Inclusive pessoas com 20 e poucos anos hoje.
E também é bacana a onda de “precisamos fazer alguma coisa”.
Já vi gente dizendo que “precisamos fazer alguma coisa” com os trabalhadores do
mercado (só eu, na MuiLeal, provavelmente não conheça todos pelo nome ou
apelido), “precisamos fazer alguma coisa” para reabrir o mercado, fazer algo pelos
azulejos do mercado, pelos urinóis do mercado.
Declaro aberto o FAMPPA – Festival de Amor ao Mercado
Público de Porto Alegre.
Luiggi
Luiggi
Caro Luiggi.
ResponderExcluirNós, do Movimento Ecumênico Renascentista Da Alegria (MERDA, pergunte-me como e lhe mando), solidários e comovidos com o funesto acontecimento que causou mal estar no povo da MuiLeal, colocamo-nos a disposição para uma sessão de descarrego.
Nossos 666 pastores, estarão de braços abertos e dispostos a angariar em um dia, dízimo suficiente para reerguer nossa sede, em sala recentemente alugada no segundo andar daquele prédio histórico. Se a meta proposta for atingida, por certo não haverá de nossa parte, restrição alguma em repassá-lo a qualquer fundo perdido, que tenha como finalidade, o restauro daquele patrimônio público, motivo de orgulho desta direção.
Junta-se ao MERDA você também.