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terça-feira, 9 de julho de 2013

FAMPPA

Eu tento, mas é difícil. Tentei organizar o sentimento de desconforto com o incêndio do mercado público. Quem sabe até escrever algo edificante sobre o triste ocorrido.

Durante o evento, reportei informações a parentes distantes, também preocupados e tocados com o incêndio.

Mas aí vem o dia seguinte e as repercussões. Fica difícil mensurar quem ama mais o mercado. Parece que foram todos feridos de morte. Os mais sensatos que vejo nessa turbulência toda são os permissionários, que querem voltar ao trabalho sem se importar com sentimentos ou caça às bruxas.

É claro que, como todo fato, esse também se torna um fato político. Quem é contra o prefeito só falta dizer que ele riscou o fósforo; quem é favor, diz que tudo estava perfeito e deve ter sido influência do exu que mora lá a culpa pelo sinistro. Mas, até aí, é do jogo.

O que perturba é o festival de melodramas. O mercado público virou o quintal da casa de todo mundo. Cada um passou mais tempo dentro do mercado do que o outro. Acho até que na semana passada passou mais gente por lá do que na estreia do Tangos & Tragédias no Espaço IAB, local em que todo muilealevalerosense esteve. Inclusive pessoas com 20 e poucos anos hoje.

E também é bacana a onda de “precisamos fazer alguma coisa”. Já vi gente dizendo que “precisamos fazer alguma coisa” com os trabalhadores do mercado (só eu, na MuiLeal, provavelmente não conheça todos pelo nome ou apelido), “precisamos fazer alguma coisa” para reabrir o mercado, fazer algo pelos azulejos do mercado, pelos urinóis do mercado.

Declaro aberto o FAMPPA – Festival de Amor ao Mercado Público de Porto Alegre.

Luiggi

Um comentário:

  1. Caro Luiggi.

    Nós, do Movimento Ecumênico Renascentista Da Alegria (MERDA, pergunte-me como e lhe mando), solidários e comovidos com o funesto acontecimento que causou mal estar no povo da MuiLeal, colocamo-nos a disposição para uma sessão de descarrego.

    Nossos 666 pastores, estarão de braços abertos e dispostos a angariar em um dia, dízimo suficiente para reerguer nossa sede, em sala recentemente alugada no segundo andar daquele prédio histórico. Se a meta proposta for atingida, por certo não haverá de nossa parte, restrição alguma em repassá-lo a qualquer fundo perdido, que tenha como finalidade, o restauro daquele patrimônio público, motivo de orgulho desta direção.

    Junta-se ao MERDA você também.

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