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quarta-feira, 13 de março de 2013

Livro que virou filme


Colocando na estante “O Estrangeiro”, de Albert Camus, que citei aqui ontem, fiquei pensando sobre a sorte de alguns livros que viraram filmes. Não vou entrar no mérito da linguagem e nem dizer o que a gente ouve em qualquer conversa sobre qualquer livro que virou filme: “O livro é muuuiiito melhor! Eu de-vo-rei! Li em uma noite”. (Qualquer livro que virou filme foi lido em uma noite, mesmo sendo a trilogia Senhor dos Anéis). E claro que vou esquecer um montão, mas foram os que me vieram à cabeça.
Estava pensando na sorte mesmo de um livro ter sido escolhido por um diretor, ou quem decide que um livro virará filme.

Alguns dão tanta sorte que nem eram conhecidos antes do filme: Coração Satânico – Willian Hjortsberg, O Clube Dumas – Arturo Pérez-Reverte, que virou O último Portal, de Roman Polanski. Pelo menos eu não conhecia. Alguém pensou em ler o Poderoso Chefão, do Mario Puzzo, depois de ver o Marlon Brando?
Certamente, Umberto Eco vendeu alguns livros para leitores que não entenderam nada de seus livros depois do Willian de Sean Connery.

O estrangeiro, supra citado, foi vivido por Marcello Mastroianni.
A lista é enorme. Mas nada me desperta maior compaixão e tristeza do que o Mandrake do Rubem Fonseca. Na primeira vez que vi em filme foi com o Peter Coyote (tudo bem, avacalharam com o livro mesmo... mas Peter Coyote, francamente...), e depois me aparece o Marcos Palmeira. Porra, o Peter Coyote nem o Polansky conseguiu fazer ele trabalhar bem (Lua de Fel), ele é ruim até caçando ET. E o sobrinho do Chico Anysio sempre vai despertar aquela lembrança do pisoteador de cacau. E o pior é que este deve ter tido a anuência do autor, já que o diretor é filho dele. O Mandrake que eu conheço desde Lúcia McCartney não é assim.

Luiggi

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