Consta que na
MuiLeal tem um bar (ou tinha, se ainda não foi dilapidado pelos frequentadores)
onde além de bebidas e acepipes, vende-se também a mobília do local.
É um lugar
que as pessoas adoram frequentar. Não pelo seu ambiente (que deve estar cada
vez mais Zen) ou pela cerveja gelada, mas para poderem dizer que vão em um bar
onde se vende a mobília.
Fico
imaginando a satisfação de algum deslumbrado frequentador ou frequentadora que
deve contar sempre uma mesma história: “Comprei um abajur ma-ra-vi-lho-so! Só
eu mesmo, sair do bar com abajur, hahaha...".
Eu prefiro
tomar cerveja em bar, mas cada um consome o que quiser. Mas fica, pra mim, um
trechinho da frase acima: “Só eu mesmo”.
O ser humano
passa a vida tentando se juntar nos mais diversos bandos: um time de futebol
que os una, um partido político, um tipo de música, um bar que venda a mobília,
enfim... E depois passa a vida tentando ser diferente do resto do bando. Se
todo mundo frequenta o bar pra beber, eu frequento pra levar as cadeiras. Se a
turma faz churrasco nos domingos, eu resolvo que como só alface e torço pra ser
convidado pro evento carnívoro pra comer as saladas todas (muita maionese,
sempre).
É claro que
as pessoas não são iguais. Mas tem coisas que parecem fora de lugar e se fossem
feitas no anonimato não teriam graça. O bacana das férias não é ir pra Europa,
é colocar, na volta, uma foto como proteção de tela na frente do Coliseu.
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