A melhor
coisa que já inventaram pra quem gosta de fotos são as máquinas digitais. Não
falo dos puristas, que preferem o velho filme etc. Isso é outro departamento.
Falo de quem gosta de tirar fotos dos parentes, das festas, das paisagens.
E a melhor
coisa que já inventaram pra quem não gosta de ver fotos é a máquina digital. No
tempo do filme havia um evento especial quando ele era revelado. E todo mundo
era obrigado a olhar foto por foto, que chegava à sua mão já com marcas de digitais
impressas com pudim. E era preciso fazer comentários, perguntar quem é esse e
quem é aquela. E fazer “óóóó” pra todo pimpolho que aparecesse nas fotos. Se não
ficava chato.
Agora, as
fotos ficam dentro das máquinas digitais pra todo o eterno sempre e ninguém vê.
Ou vão parar no Facebook ou qualquer site de hospedagem de fotos. Ou seja: vê
quem quer.
É claro que
você pode cair numa armadilha de um viajante orgulhoso que passou todas as
fotos da viagem para um CD e aparece no churrasco já montando a televisão para
que todos parem o assunto e o acompanhem foto por foto na sua viagem. E, nesse
caso, nunca são 12, 24 ou 36 fotos. Tem do travesseiro em que dormiu, da flor
que murchou, do pneu que desgastou, da entrada da cidade (a turma adora tirar
fotos de entradas de cidade), do copo vazio de guaraná e de uma mancha num
guardanapo que ficou parecida com o Felipão.
Aí dá saudade do velho filme.
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